A sonda Phoenix da NASA obteve provas concretas da presença de água em Marte. A água já havia sido detectada por várias sondas espaciais em órbita marciana como a Mars Odyssey mas foi a primeira vez que se detectou água (no estado sólido) e que as propriedades químicas dessa mesma água foram analisadas.
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A Phoenix escavou o subsolo do planeta vermelho a uma profundadidade de vários centímetros, e até à bem pouco tempo, tinha-se especulado sobre a natureza de um pedaço de gelo desenterrado (desenmarciado?) e que havia derretido em tempo real (questão de poucas horas). Apesar de todas as teorias apontarem para gelo de água (e não de dióxido de carbono) foi esta última análise, dentro do laboratório da sonda, que permitiu a confirmação indubitável e constitui uma prova palpável - a primeira do seu tipo - que pela primeira vez na história da Humanidade descobriu-se e analisou-se água noutro astro que não a Terra. Pode parecer singela esta conquista, mas promete dar novo ímpeto à conquista espacial e dos nossos vizinhos cósmicos, particularmente, considera-se como mais um passo conseguido na direcção da colonização do planeta vermelho.
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Sonda Phoenix no círculo polar norte de Marte. (Fonte: NASA)
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A sonda Phoenix encontra-se nas grandes planícies do norte marciano e manter-se-á até ao final do longo verão marciano (as estações em Marte têm o dobro da duração das terrestres). O terreno das planícies polares é plano e com poucas rochas - típico de uma sub-superfície gelada. A sonda ao encontrar-se dentro do círculo polar norte de Marte deixará de receber luminosidade solar com intensidade suficiente para produzir energia. Assim, e com a deposição de neve de dióxido de carbono durante o inverno marciano, a sonda Phoenix não deverá renascer das cinzas, permanecendo coberta durante o inverno boreal e já inoperável no próximo estio.
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